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25 de set. de 2013

Apaixonada por : Cem anos de solidão



          Então, esse ano eu tive a grande felicidade de ler Gabriel Garcia Márquez, e comecei por sua mais aclamada obra: Cem anos de Solidão. Todo clássico trás, pelo menos para mim, um certo receio, receio de que a leitura seja tediosa, complicada demais ou até mesmo que traga temas que possam ser desinteressantes para mim. Como vocês podem imaginar esse não foi o caso de Cem anos de Solidão.
            Pode parecer exagero ou loucura minha, mas o livro já me prendeu no primeiro parágrafo :

 “ Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía havia de recordar  aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer o gelo...”

            E as próximas páginas se superam uma após a outra, aos poucos o autor te insere na cidade de Macondo, construída pela ousadia e capricho de um único homem, que ali deu início (para o leitor) na história da família Buendía. Cada personagem possui uma personalidade peculiar, que é explorada incansavelmente pelo autor, e em cada um é possível encontrar os receios, paixões e a eterna solidão que afinal, todos nós sentimos, e em vários momentos você (no caso eu) se identifica, a infância as descobertas e desilusões, a velhice e a morte, todas as etapas da vida de várias mulheres e homens que por mais diferentes que sejam, no fim parecem todos iguais. Na minha opinião, o autor por intermédio da história de diversas gerações de uma família buscou a essência do ser humano como um todo e acho muito difícil não se identificar com algum ou com todos os personagens. Nas últimas páginas eu me senti como saindo de uma sessão reveladora de terapia intensiva.
           A família é constituída por vários José Arcádios e Aurelianos, e este é o único fator que pode tornar a história de certa forma complicada, em alguns momentos você não sabe a quem exatamente o autor se refere, e volta e meia é necessário retornar na árvore genealógica da família para se situar (disponível no início do livro). Há um certo mito de que a história é muito difícil, mas eu não compartilho desta opinião, há algumas palavras que eu desconhecia no texto, algumas eu procurei o significado, e outras eu confesso que não dei muita importância já que o contexto deixava o significado óbvio. Difícil nesta história é captar tudo o que o autor te oferece, eu sinceramente acho que a história é cheia de mensagens sublimadas e é extremamente rica, por isso pretendo ler novamente a obra algumas vezes até que tenha absorvido a maior parte da essência do livro.
            Enfim, Cem anos de Solidão é hoje o melhor livro que já li.


Nota: 5/5
Indicação: Vinícius V. Costa

Por: Rafaela F. Cotta